Na última terça-feira, 29 de outubro, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, visitou a Coordenação Regional (CR) Noroeste de Mato Grosso, em Juína, como parte de uma estratégia para reestruturação e fortalecimento da autarquia. A presença de Joenia trouxe uma oportunidade significativa de escuta e diálogo, com foco em entender as principais demandas dos aproximadamente 7 mil indígenas atendidos pela unidade, composta por seis Coordenações Técnicas Locais (CTLs). Entre as etnias da região, estão os povos Apiaká, Kayabi, Munduruku, Rikbaktsa, Arara, Cinta Larga, Enawene-Nawe, Manoki/Irantxe e Myky.
Com as diretoras de Gestão e Administração, Mislene Metchacuna, e de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lucia Alberta, a presidente enfatizou a necessidade de reforçar a atuação da Funai. Segundo Joenia, uma de suas prioridades é fortalecer a fundação por meio da valorização de seus servidores e da criação de condições de trabalho adequadas, depois de anos de sucateamento da instituição. “Promover e proteger os direitos dos povos indígenas é nossa missão. Quando assumi a presidência, estabeleci que o fortalecimento da Funai, a demarcação das terras indígenas e a proteção dos territórios seriam as três prioridades”, afirmou Joenia.
Demandas e ações estratégicas
O coordenador regional Marcelo Munduruku destacou a importância de descentralizar as decisões para uma atuação mais eficiente. “A centralização dificultava o consenso. Mudamos esse modelo para uma lógica organizacional integrada”, explicou ele, ressaltando a importância da coletividade nas ações que envolvem as CTLs e as comunidades indígenas.
Além das mudanças administrativas, a Funai instituiu um Grupo de Trabalho (GT) em abril, que finalizou atividades em outubro com propostas de reestruturação participativa. A autarquia busca, por meio do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), preencher 502 vagas, das quais 30% serão destinadas a indígenas, visando a ampliação do quadro de servidores e a valorização dos atuais, muitos atuando há décadas, como o servidor Francisco Cavalcante, da CTL Juína III.
Avanços em demarcação e proteção territorial
Desde o início da atual gestão, a Funai enviou 14 processos de demarcação ao presidente da República, dos quais dez foram homologados, além de ter assinado 11 portarias declaratórias em 2024. A Funai ainda avança nos estudos de 151 terras para futuras delimitações. As terras indígenas ocupam hoje 13,8% do território brasileiro, desempenhando papel crucial na preservação ambiental e combate às mudanças climáticas, ressaltou Lucia Alberta, que reafirmou o compromisso da Funai com a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI).
A visita de Joenia Wapichana marca um novo capítulo no diálogo e na escuta das comunidades indígenas, reforçando o compromisso da Funai com políticas públicas que visam a sustentabilidade, a valorização e a proteção dos povos indígenas e seus territórios.
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Fotos: Assessoria de Comunicação/Funai
Fonte: Marcelo Guedes/Amplitude News
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O seu lema episcopal é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.
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