Prefeito NeI da Farmácia fala sobre impasse do contrato de coleta de lixo assinado na gestão anterior

O prefeito de Juara, Nei da Farmácia, se manifestou nesta quarta-feira (30) sobre a situação do contrato da coleta de lixo, assinado no dia 30 de dezembro de 2024, ainda na gestão anterior. Em entrevista, o gestor agradeceu aos vereadores por terem realizado a sessão extraordinária da Câmara Municipal, ainda que o projeto de abertura de crédito adicional não tenha sido aprovado.

“A princípio, quero agradecer aos vereadores por ter feito a extraordinária de ontem. Era extremamente necessário e, independente do resultado, estamos aqui para agir conforme a lei exige”, afirmou. Segundo o prefeito, com a reprovação da matéria, a administração não poderá emitir ordem de serviço para a execução do contrato.

Nei explicou que, mesmo diante da negativa legislativa, a prefeitura não pretende deixar a cidade sem coleta de lixo. Ele disse que já acionou o setor jurídico, o vice-prefeito Léo Boy, o secretário de Cidades e alguns parlamentares para buscar soluções emergenciais. “Não podemos penalizar o nosso município. Vamos trabalhar com um aditivo de 30 a 60 dias, tudo dentro da legalidade. Hoje mesmo tenho uma reunião com o juiz para discutir essa situação”, declarou.

Ainda de acordo com o prefeito, o contrato em questão já estava assinado e em vigor, e a sessão de ontem não tratava da validade contratual, mas sim da dotação orçamentária necessária para sua execução. “A reunião de ontem foi para ver dotação. Não foi aprovada, então eu não sou responsável pela ordem de serviço, que não foi dada”, frisou.

O prefeito anunciou que irá buscar a anulação do contrato. “Acredito piamente que a decisão agora é cancelar esse contrato. Tentamos fazer isso no início do ano, mas por questões jurídicas não conseguimos. Agora, com mais tempo, vamos analisar outras formas legais de cancelamento”, explicou.

Nei também fez questão de esclarecer que não houve qualquer tentativa de interferência por parte do Executivo nas decisões dos parlamentares. “Quero que a população entenda que eu e o Léo não procuramos vereador nenhum para influenciar. A decisão foi individual de cada um. Nós respeitamos isso.”

Durante a fala, o prefeito comparou o custo da coleta de lixo anterior com o atual contrato. Segundo ele, a prefeitura gastava entre R$ 112 mil e R$ 120 mil por mês para o transporte até o aterro sanitário, operando com três caminhões e 18 garis. “Esses garis ganham muito pouco. Não concordamos com esse salário, queremos melhorar isso. As pessoas precisam de dinheiro no bolso para levar qualidade de vida para suas famílias.”

Ele ressaltou que, mesmo com o orçamento apertado, a prefeitura teria condições de arcar com o novo contrato caso houvesse aprovação da Câmara, embora reconheça que o valor de R$ 432 mil mensais é inviável a longo prazo. “Nós só convocamos a reunião porque sabíamos que, naquele momento, daria para cumprir, mesmo sacrificando o caixa.”

Ao encerrar sua fala, Ney da Farmácia reafirmou seu compromisso com a cidade e pediu que a população acompanhe os próximos passos com atenção. “De ontem para hoje eu pensei muito. Vamos discutir com vereadores e com a comunidade. Trabalhamos com seriedade e responsabilidade. Nosso compromisso é com a qualidade de vida das pessoas”, afirmou.

Fonte: Por Redação - Grupo Amplitude de Comunicação