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Justiça dá 10 dias para Eletrobras, Copel e governo se manifestarem sobre plano de desativação da Usina de Colíder (MT)

A Eletrobras afirmou que cumprirá o prazo estabelecido e destacou que, nesse período, a usina permanece monitorada 24 horas por dia, operando de forma estável e dentro dos padrões de segurança.

Escrito por Renan Botega

22 SET 2025 - 09H24

A Justiça determinou prazo de 10 dias para que a Eletrobras, a Copel e o governo estadual apresentem manifestação sobre o plano de desativação da Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada a 648 km de Cuiabá. A decisão foi expedida pela juíza Érika Cristina Camilo Camin, da 2ª Vara de Colíder, na última quinta-feira (18).

Em nota, a Eletrobras afirmou que cumprirá o prazo estabelecido e destacou que, nesse período, a usina permanece monitorada 24 horas por dia, operando de forma estável e dentro dos padrões de segurança.

A Copel, responsável pela construção da usina entre 2011 e 2019, transferiu a gestão para a Eletrobras em maio deste ano.

Sobre o pedido do Ministério Público para a elaboração de um plano de desativação, a Eletrobras declarou que já adotou medidas de segurança para proteger o local, os trabalhadores e o meio ambiente. A companhia ainda reforçou que não vê fundamentos para a concessão da medida cautelar solicitada, mas se mantém à disposição das autoridades.

Em comunicado relevante ao mercado financeiro, divulgado na terça-feira (15), a empresa informou que, dos 70 drenos que compõem o sistema da usina, quatro apresentaram danos desde a aquisição do ativo. Esses drenos têm a função de aliviar a pressão da água sob a barragem.

Como medida preventiva, o nível do reservatório foi rebaixado para verificar as falhas e reduzir a pressão sobre a estrutura. No entanto, a ação provocou impactos ambientais, como a morte de 1.500 peixes, alteração da qualidade da água, comprometimento da biodiversidade aquática e prejuízos à fauna migratória.

Impactos sociais e econômicos

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o rebaixamento do reservatório afetou a atividade pesqueira, o turismo regional e o comércio local, com estimativa de perda anual entre R$ 10 e R$ 12 milhões. Também foram impactados eventos culturais tradicionais, como o Fest Praia e o Viva Floresta, além do acesso das comunidades ribeirinhas ao rio, prejudicando seu modo de vida.

O MPMT solicitou ainda a revisão da licença ambiental pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a atualização dos planos de emergência e contingência, a criação de canais de comunicação com a população e a instalação de sistemas sonoros fixos de alerta. Além disso, pediu a cobrança antecipada de R$ 200 milhões para garantir a reparação dos danos já identificados e de possíveis novos impactos.

Fonte: G1MT

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