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Mato Grosso registra média de seis vítimas de estupro por dia em 2025

Apesar da queda nos registros, a violência sexual continua em patamar elevado no estado. A taxa é de 56,57 estupros para cada 100 mil habitantes, considerando a população estimada de 3.893.659 pessoas.

Escrito por Samantha Quinzani

15 DEZ 2025 - 12H19

Mato Grosso contabilizou 1.832 vítimas de estupro entre janeiro e outubro de 2025, o que corresponde a uma média de seis casos por dia, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registradas 2.353 vítimas, houve uma redução de 22,14% nos casos.

As mulheres representam a maioria das vítimas, correspondendo a 88% das ocorrências notificadas. A delegada da Polícia Civil, Judá Marcondes, alerta que os números reais podem ser ainda maiores, já que crimes de violência sexual e doméstica costumam ser subnotificados.

Apesar da queda nos registros, a violência sexual continua em patamar elevado no estado. A taxa é de 56,57 estupros para cada 100 mil habitantes, considerando a população estimada de 3.893.659 pessoas.

O levantamento aponta setembro como o mês com maior número de ocorrências, com 298 vítimas. Na sequência aparecem maio, com 282 registros, e agosto, com 251.

As autoridades destacam que campanhas de prevenção, incentivo à denúncia e ações permanentes de enfrentamento à violência contra mulheres e crianças seguem como prioridade para reduzir os índices.

Para Andrea Guirra, presidente da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, o principal desafio não está na legislação, mas na ampliação e efetivação das políticas públicas.

“O Brasil tem uma legislação muito boa, mas muitas vezes falta que essas políticas cheguem até a ponta. São poucas as cidades de Mato Grosso que contam com delegacias especializadas da mulher, o que é fundamental, assim como a existência de núcleos de atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade”, afirmou.

A instituição atua com apoio da sociedade e de diversos parceiros, oferecendo acolhimento humanizado e segurança às vítimas e seus familiares. Segundo Andrea, investir em prevenção desde a base educacional é essencial para mudar esse cenário.

“Se não começarmos a discutir esse tema ainda na educação básica, com crianças e adolescentes, para mudar essa mentalidade e essa cultura de violência, esses números dificilmente vão diminuir”, concluiu.

Fonte: G1

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