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Júri popular de homem acusado de matar mulher diante dos filhos é iniciado em Peixoto

O primeiro a prestar depoimento foi Gustavo Michel, filho de Lediane, que foi testemunha do crime. Visivelmente abalado, ele compartilhou o que presenciou.

Escrito por Renan Botega

18 SET 2025 - 10H02

Wendel dos Santos Silva, com 38 anos, é considerado responsável por feminicídio em um contexto de violência doméstica contra sua noiva, Lediane Ferro da Silva, de 43 anos. O julgamento acontece no Tribunal do Júri, localizado no Fórum de Peixoto de Azevedo, que está a 197 km de Sinop. A sessão é conduzida pelo juiz João Zibordi Lara e está sendo transmitida pelo canal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso no YouTube.

O primeiro a prestar depoimento foi Gustavo Michel, filho de Lediane, que foi testemunha do crime. Visivelmente abalado, ele compartilhou o que presenciou. "Voltei da escola, enquanto me preparava para trabalhar, ouvi a filha dele gritar. Fui até a cozinha e vi ele atacando minha mãe," declarou, em meio a muitas lágrimas. Ele também mencionou que o casal tinha um relacionamento complicado. "Havia muitas brigas, ele sempre a ameaçava."

Questionado sobre como se sente com a ausência da mãe, a testemunha se emocionou ainda mais. "Não sei o que fazer, não tenho para onde ir, estou confuso sobre o que vai acontecer, perdi ela, não tenho mais nada." Neste momento, ele reside com a avó na cidade de Sinop.

A segunda pessoa a depor foi uma amiga de Lediane. A terceira testemunha é a filha do réu, que estava presente na residência durante o ataque. Ela declarou que não viu o momento do ataque porque estava com a vista voltada para o lado oposto. Além disso, contou que Lediane a chamou para a casa porque ela planejava se separar do pai. Essa testemunha também descreveu o início da discussão que levou ao feminicídio. Um investigador da Polícia Civil foi a quarta testemunha ouvida, tendo estado na cena do crime.

Wendel está presente no júri e é escutado neste momento. Ele chegou ao fórum segurando uma bíblia.

Em lágrimas, o réu iniciou seu discurso falando sobre o começo do relacionamento. Ele mencionou dificuldades financeiras e alegou que Lediane o "menosprezava" por ele ter mais recursos. Também mencionou desentendimentos entre eles, além de um padrão de idas e vindas na relação.

O crime

A tragédia aconteceu no dia 15 de abril do ano passado, na residência da vítima. De acordo com as investigações, Lediane já enfrentava violência doméstica por parte do noivo e, no dia do assassinato, conversou com sua enteada para solicitar que Wendel deixasse sua casa, devido às frequentes brigas entre eles.

A enteada foi à casa de Lediane para pedir que o pai se retirasse. Contudo, ele negou e teve uma discussão com a noiva. Em seguida, pegou uma faca e desferiu diversos golpes contra a vítima. O filho dela e a filha do réu presenciaram a cena e fugiram aterrorizados. As câmeras de segurança internas da residência registraram o crime. Depois do ocorrido, Wendel fugiu e foi preso quatro dias após. Durante o andamento do processo, a custódia preventiva do réu foi mantida.

Lediane era diretora financeira da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto.

Fonte: SÓ NOTICIAS

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