A BR-163 é considerada a principal artéria logística de Mato Grosso, responsável por escoar a soja, o milho e outros grãos até os portos e centros de distribuição que abastecem o mercado internacional. Diariamente, milhares de caminhões percorrem a rodovia, levando a produção do campo para o mundo.
Agora, com a duplicação em andamento, a rota estratégica ganha em agilidade, segurança e infraestrutura. A obra, há anos aguardada por motoristas e produtores, começa a se tornar realidade.
De acordo com David Carpezani Filho, coordenador de operações da Nova Rota do Oeste, o tráfego de veículos aumentou de forma expressiva: entre 2 mil e 3 mil caminhões seguem diariamente rumo ao Porto de Miritituba. Para ele, a duplicação é fundamental para garantir o futuro da logística agrícola no estado.
“Desde 2023, a Nova Rota do Oeste assumiu o desafio de transformar a BR-163. Sob controle do governo estadual, a empresa conduz o maior pacote rodoviário em execução no país, com mais de 400 km de duplicação, além de pontes, viadutos e passarelas”, destacou.
O plano de investimentos chega a R$ 9 bilhões, financiados pelo governo estadual, pelo BNDES e pela arrecadação de pedágios. A primeira grande entrega está prevista para o próximo ano, quando será concluído o trecho entre o Posto Gil e Sinop.
Segundo Wilson Ferreira Medeiros, diretor de operações e tecnologia da concessionária, a rodovia já dispõe de 18 bases operacionais, nove praças de pedágio, cerca de 500 câmeras de monitoramento e apoio da Polícia Rodoviária Federal. “Contamos com guinchos, ambulâncias e tecnologia para garantir atendimento rápido e maior conforto aos usuários”, afirmou.
Na visão do médico socorrista Rodrigo Mustafa de Albuquerque, que atua há 11 anos na rodovia, os trechos já duplicados trouxeram uma queda significativa no número de acidentes. Ele ressalta que as ambulâncias estão equipadas com monitores cardíacos, desfibriladores e medicamentos de emergência, o que aumenta as chances de sobrevivência dos pacientes. “É gratificante ver esse avanço”, disse.
O impacto também é sentido entre os trabalhadores da obra. O operador Fabio, que atua na construção, afirma que o emprego tem sido essencial para custear seus estudos em licenciatura. “Esse trabalho valoriza minha profissão e me ajuda a seguir com meus projetos”, declarou.
Segundo José Aparecido dos Santos, presidente do conselho de administração da Nova Rota do Oeste, a BR-163 é vital para o agronegócio. Ele destacou a implantação de tecnologia 4G ao longo da rodovia, que permitirá comunicação em tempo real e internet de alta velocidade em trechos críticos. Além disso, áreas de escape já estão em funcionamento na Serra de São Vicente para reforçar a segurança.
Para Carpezani, a duplicação representa um marco para Mato Grosso. Em sua avaliação, em breve a maior produção agrícola do país será transportada com mais eficiência, reduzindo perdas materiais e garantindo a segurança de motoristas e cargas.
Fonte: G1MT
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