Para especialistas, 'buraco' da educação é ainda mais fundo nesta disciplina do que em leitura ou em ciências.
Um indicativo: na avaliação internacional Timms 2023 (sigla em inglês para "Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências"), por exemplo, 51% dos estudantes do 4º ano, no Brasil, não alcançaram o nível básico de proficiência. Estão com um atraso equivalente a 3 anos escolares em relação à média das demais nações.
Dentre os maiores obstáculos matemáticos, segundo o mapeamento do Timms, estão:
operações com números naturais
“A partir de passos pré-definidos, como 'vai um' e 'pega emprestado', os estudantes, muitas vezes, se baseiam na simples memorização, sem entendimento do que estão fazendo”, diz Torrezan.
resolução de problemas
“As dificuldades em resolver problemas são, muitas vezes, atreladas à falta de compreensão leitora, mas vão além disso: é preciso conhecer os diferentes significados de cada uma das operações (adição, subtração, multiplicação e divisão), ou seja, as formas como elas podem se manifestar no cotidiano”, afirma a professora.
geometria
“Historicamente, a geometria é um tema menos priorizado nas aulas de matemática, e isso pode trazer a ideia de que é menos importante, quando não o é. Ela envolve o desenvolvimento do raciocínio e da capacidade de formar representações mentais”, explica a docente.
medidas
“É um dos temas que mais utilizamos no dia a dia, mas o ensino acaba ficando limitado à aplicação de fórmulas, sem que o aluno entenda o sentido delas. O ato de medir corresponde a um conjunto de processos físicos e mentais que associam um número a uma quantidade — é necessário, por exemplo, compreender o que é a unidade de medida e qual o seu papel na medição.”
O problema da matemática é ainda pior do que o da leitura’, diz especialista
Na reportagem de análise do Timms, publicada pelo g1 em dezembro de 2024, Ernesto Martins Faria, especialista em avaliação de políticas públicas educacionais e diretor-executivo do Iede, explica que os brasileiros estão em um buraco ainda mais fundo em matemática do que em leitura ou em ciências.
“Quase não existe a realidade de alunos abaixo de 400 pontos na Inglaterra, por exemplo. No Brasil, é a pontuação mais comum. Nós temos uma questão no letramento matemático: crianças e jovens não dominam a base mínima da disciplina para conseguir resolver um problema”, diz.
A seguir, veja hipóteses que explicam esse desempenho tão baixo:
POUCA FAMILIARIDADE COM NÚMEROS - Em língua portuguesa, ainda há um contato mais intenso com a disciplina no dia a dia (seja lendo um livro ou trocando mensagens no WhatsApp). Se houver boas bibliotecas ou se os pais do aluno forem escolarizados, é possível que o aluno adquira habilidades de leitura e escrita. Já em matemática, dependemos muito mais de bons professores e de bons colégios. E o Brasil enfrenta problemas graves na formação docente (como crescimento avassalador do ensino à distância e a baixa qualidade dos cursos de pedagogia e de licenciatura).
Fonte: G1MT
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