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Governo de MT suspende descontos após denúncias de irregularidades em créditos consignados de servidores

A decisão foi tomada após a abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que investiga possíveis abusos e prejuízos aos direitos dos servidores públicos em contratos firmados com a empresa.

Escrito por Hélio Barros

28 MAI 2025 - 17H30

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O governo de Mato Grosso suspendeu os descontos em folha de pagamento relacionados aos contratos de crédito consignado firmados com a empresa Capital Consig S.A. A decisão, publicada no Diário Oficial dessa terça-feira (27), foi tomada após a abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que investiga possíveis abusos e prejuízos aos direitos dos servidores públicos em contratos firmados com a empresa.

Em nota, a Capital Consig expressou surpresa e discordância em relação à decisão do governo de Mato Grosso que suspender os descontos em folha de contratos de consignação. A empresa ainda afirmou que não teve acesso prévio aos pareceres do PROCON-MT, da PGE-MT ou ao processo administrativo, e destaca que a investigação da CGE-MT não encontrou indícios de fraude ou irregularidades. Por fim, a Capital Consig se colocou à disposição dos órgãos competentes.

Conforme a medida anunciada pela Secretaria de Planejamento e Gestão de Mato Grosso (Seplag), a empresa está proibida de:

negativar servidores;

cobrar valores atrasados de forma acumulada;

aplicar juros e correção monetária durante o período de suspensão.

A medida vale para operações já em andamento e futuras, e ficará em vigor até a conclusão do processo administrativo.

A decisão foi tomada após parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e relatório preliminar do Procon-MT. Segundo o parecer da PGE, há respaldo legal para a aplicação do chamado “poder geral de cautela”. A suspensão visa proteger os servidores públicos das irregularidades identificadas nos contratos.

A decisão também leva em conta um relatório do Procon, que aponta práticas graves e prejudiciais aos servidores púbicos, como a liberação de valores menores do que o previsto nos contratos e o repasse das operações a instituições não autorizadas pelo Estado. Servidores ainda relataram dificuldades para acessar os próprios contratos.

Na semana passada, a empresa emitiu uma nota anunciando um recall para atualização e revalidação dos contratos de cartão de crédito consignado com os servidores, além do envio de mais de R$ 7 mil cartões e a criação de canais exclusivos de atendimento.

Fonte: G1MT

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Por Hélio Barros, em Economia

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