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Empresários lideram casos de agressão contra mulheres em MT; 35% têm ensino superior, aponta Anuário

Nos últimos quatro anos, o número de pedidos de medidas protetivas no estado cresceu 200%, passando de 2.061 para 6.223. Apenas entre 2023 e 2024, o aumento foi de 27%. Em 2024, foram solicitadas 3.874 medidas protetivas.

Escrito por Renan Botega

17 SET 2025 - 12H20

Internet

A maior parte dos agressores de mulheres em Mato Grosso é composta por empresários, segundo dados do Anuário de Violência Doméstica e Crimes Sexuais, elaborado entre 2020 e 2024 e divulgado nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil. O levantamento também mostra que 35% dos autores possuem ensino superior.

Nos últimos quatro anos, o número de pedidos de medidas protetivas no estado cresceu 200%, passando de 2.061 para 6.223. Apenas entre 2023 e 2024, o aumento foi de 27%. Em 2024, foram solicitadas 3.874 medidas protetivas. No mesmo período, a polícia cumpriu 58 mandados de prisão preventiva, realizou 680 prisões em flagrante e registrou 537 descumprimentos de medidas impostas pela Justiça.

De acordo com a delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes, titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, os números refletem a maior procura das vítimas por apoio policial.

“Há um crescimento no número de mulheres que começam a compreender seu verdadeiro papel na sociedade e, com isso, buscam cada vez mais a polícia”, afirmou.

O Anuário também aponta que os meses de outubro e maio concentram a maior quantidade de registros. Outubro devido às campanhas do Outubro Rosa e maio por conta das ações de valorização da mulher no mês das mães.

Atendimento

O levantamento identificou ainda padrões nos atendimentos: a maioria ocorre às segundas-feiras, em horário comercial, enquanto os plantões 24 horas recebem mais demandas nos fins de semana, geralmente com casos mais graves.

As ocorrências mais registradas são ameaça, injúria, lesão corporal, violência psicológica, perseguição e descumprimento de medidas protetivas.

Na capital, 87% dos agressores cumprem as medidas determinadas pela Justiça. O recorte de Cuiabá revela que a maior parte das denúncias é feita por mulheres em relacionamentos de até 10 anos. Já vínculos com mais de 30 anos respondem por apenas 2% dos casos.

Para a delegada, esse dado sugere que mulheres em uniões mais recentes têm maior facilidade para romper o ciclo de violência. Contudo, os cinco primeiros anos após a separação ainda concentram a maior incidência de agressões.

“O que se percebe é que homens abusivos demoram a entender que aquela mulher decidiu retomar sua vida e que o controle que exerciam precisa ser rompido”, concluiu Marcondes.

Fonte: G1MT

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