A reinserção do café na paisagem rural de Juína, Noroeste de Mato Grosso, especialmente através do incentivo ao pequeno produtor, é uma das prioridades de momento na agenda da Secretaria Municipal de Agricultura. É o que afirma o titular da pasta, Adalberto Rodrigues, ao supervisionar, nesta semana, a entrega de mais mudas da modalidade clonal.

Em entrevista, Adalberto lembrou que o município já foi o maior produtor de Mato Grosso, tendo alcançado a meta de 18 milhões de covas no passado. Os preços baixos e falta de apoio, contudo, segundo ele, mudou o cenário, agora retomado por um conjunto de medidas. Ele cita o empenho da gestão municipal em incentivar o cultivo, mediante a obtenção de mudas no Estado de Rondônia e a disponibilização de uma recolhedora de grãos, obtida no ano passado, minimizando os efeitos da falta de mão de obra, um grande empecilho até então.

Atento ao processo gerado a partir dos Viveiros Municipais da cidade e do distrito de Terra Rocha, ele avalia que em breve o seguimento terá a marca de 2 milhões e 200 mil covas em Juína, que segue a trilha de produção de Colniza, uma das maiores referências do produto no Estado.

Sobre o café clonal, cita a alta diversidade de tipos – oito já estão sendo disponibilizados em Juína -, a alta rentabilidade e principalmente a regularidade da produção na relação direta com o café tradicional, pois não existe flutuação na produtividade. Com essas e outras vantagens e mais a assistência oferecida por técnicos da Prefeitura, Empaer e Sebrae, novos produtores tem aderido ao cultivo.

Dilson Quadras, um deles, destaca os bons preços de momento e os incentivos para começar a experiência com 2.500 mudas, mas salienta que a tendência é aumentar a área, alternando o plantio com banana da terra. “Acredito que vai dar certo e temos a esperança de ganhar um dinheirinho”, avalia.

O prefeito em exercício, irmão Geremias, está animado com “o momento importante para Juína” em relação ao café, algo compartilhado, segundo ele, pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF). “Juína está recebendo uma grande quantidade de benfeitorias, tanto do café clonal como do cacau e um Secretário capacitado para gerenciar o setor”, observa, avaliando o cenário positivo.