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Namorada de médico teve morte constatada 33 minutos após saída de bar em MT, diz polícia; veja cronologia

Bruno foi indiciado por feminicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir veículo sob a influência de álcool, entregar veículo automotor à pessoa não habilitada e servir bebida alcoólica a adolescente.

Escrito por Hélio Barros

20 MAI 2025 - 09H57

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A investigação sobre a morte Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi finalizada pela Polícia Civil, na última quarta-feira (14), e apresenta a cronologia dos fatos na noite do crime. O namorado de Kethlyn, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, confessou ter efetuado o disparo que causou a morte da adolescente, no dia 3 de maio, em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá.

Bruno se entregou à polícia dois dias após o crime e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Em depoimento à polícia, ele disse que estava voltando para casa com a namorada após saírem para se divertir e que ambos estavam bêbados.

De acordo com as investigações, foram 33 minutos desde a saída do bar em que estavam até a declaração da morte de Kethlyn no hospital (veja a cronologia abaixo).

0h55: Bruno e Kethlyn saem do Bar Contêiner

0h58: Veículo é conduzido por Bruno na Avenida Pioneiro José Nelson Coutinho.

0h59: Veículo entra na Avenida Guarantã; a vítima é colocada no colo do suspeito no veículo.

0h59 - 1h: Disparo ocorre no interior do veículo.

1h01: Veículo entra na Avenida Dante Martins de Oliveira em alta velocidade em direção ao hospital.

1h02: Veículo chega ao hospital.

1h02 - 01h28: Óbito da vítima é declarado, e Bruno danifica o hospital.

1h28: Hospital aciona a Polícia Militar.

1h31: Polícia Militar chega ao hospital, mas Bruno já não está no local.

Bruno foi indiciado por feminicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir veículo sob a influência de álcool, entregar veículo automotor à pessoa não habilitada e servir bebida alcoólica a adolescente. Ele também vai responder por dano ao patrimônio público, por ter causado destruição no Hospital Regional durante o atendimento de Kethlyn.

O delegado Waner Neves explicou que foi descartado tiro acidental, como a defesa alegou, e ficou concluído que o médico não tinha intenção de matar, mas assumiu o risco ao "brincar" com a arma dentro do veículo, sem nenhuma segurança à vítima.

Com o montante das penas máximas pelos sete crimes citados, o médico poderá cumprir até 62 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.

A Polícia Militar informou que Kethlyn foi levada até uma unidade de saúde do município pelo namorado, com ferimento de arma de fogo na cabeça. Segundo testemunhas, Bruno aparentava estar muito abalado.

A jovem foi atendida por uma equipe médica que tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela morreu no hospital. Ainda conforme testemunhas, ao constatar a morte da adolescente, Bruno ficou nervoso e tentou danificar alguns móveis do hospital, como janelas e portas.

Em depoimento à polícia, Bruno disse que no dia do ocorrido, Kethlyn sentou no colo dele para dirigir o carro em que os dois estavam e que, neste momento, ele estava com a arma na mão.

Ele relatou que tentou efetuar um disparo para fora no veículo, mas sem sucesso. Ao tentar verificar o que tinha dado errado, ocorreu o disparo acidental, que atingiu a cabeça de Kethlyn.

Fonte: G1MT

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