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Renúncia do presidente da Federação Francesa pode ajudar a seleção feminina do Brasil

Adversária da equipe de Pia Sundhage na Copa do Mundo, França teve debandada de jogadoras às vésperas do torneio

Data: Quinta-feira, 02/03/2023 09:26
Fonte: Do R7

Nesta terça-feira (28), o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noël Le Graët, renunciou ao cargo por ser acusado de assédio moral e sexual.

Com isso, quem assume o cargo de forma interina até junho de 2023 é o vice-presidente, Philippe Dallo. No entanto, toda a movimentação na entidade pode favorecer o sucesso da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina, que acontece de julho a agosto na Austrália e Nova Zelândia.

Uma auditoria do governo francês deslegitimou Le Graët do cargo na FFF, após as acusações de assédio. Uma investigação contra o executivo, de 81 anos, foi aberta após um pedido de Amélia Oudéa-Castéra, ministra dos Esportes da França. A agente esportiva de Amélia, Sonia Souid, disse ter sido assediada sexualmente pelo então presidente e, após análises, o comportamento do francês foi considerado inapropriado.

A renúncia atingiu diretamente a seleção francesa de futebol feminino, que está no Grupo F da Copa do Mundo, o mesmo do Brasil. As francesas, treinadas pela ex-jogadora Corrine Diacre, debandaram contra a técnica e esperavam um novo nome no comando da equipe, às vésperas do torneio.

Sem presidente na FFF, o Comitê Executivo (Comex) debateu que não é possível contratar uma nova treinadora. O Mundial na Austrália e na Nova Zelândia começa em 20 de julho de 2023, mas, até junho, o vice-presidente estará no comando da federação. Com isso, Diacre deve continuar no comando das Bleues, apesar do descontentamento das atletas.

A debandada aconteceu após a crise interna vivida na equipe com a aposentadoria de três jogadoras. A capitã do elenco, Wendie Renard, iniciou o movimento ao falar que não estaria na competição para cuidar da saúde mental e criticar o sistema atual. A atleta foi seguida por Kadidiatou Diani e Marie-Antoinette Katoto.

Diacre está no comando da seleção da França desde 2017. No mesmo ano, ela retirou a faixa de capitã de Renard, que só a recuperou em 2021. A líder francesa comentou em publicação nas redes sociais que só volta a jogar pela seleção quando a técnica sair do comando da equipe: "O meu rosto pode mascarar a dor, mas o meu coração dói.. e eu não quero mais sofrer. Obrigada pelo apoio e respeito pela minha decisão".

As companheiras de equipe do PSG, Diani e Katoto, seguiram a posição da capitã, anunciaram o afastamento da seleção francesa e disseram que focarão o bom desempenho no clube da capital francesa.

A equipe europeia é a favorita para a liderança do Grupo F no Mundial. No entanto, sem a presença de jogadores importantes do elenco como Renard, Diani e Katoto, a vaga de favorita pode ficar com a seleção do Brasil.

A seleção feminina brasileira, treinada por Pia Sundhage, chega para o Mundial com a presença de jogadoras veteranas e novatas. A rainha do futebol, Marta, pode fazer a sua última Copa do Mundo, e Debinha, em boa fase, deve brilhar nos campos.