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Estação de monta sem atrasos contribui para melhor produtividade

Data: Quarta-feira, 08/06/2022 09:47
Fonte: Mato Grosso Econômico

Ter um bom desempenho das fêmeas para produzir um número maior de bezerros, e mais saudáveis, que se tornem mais pesados em menos tempo, é o que muitos produtores de cria e recria animal desejam. Mas isso depende de vários fatores e o principal deles diz respeito da chamada Estação de Monta.

Considerada uma ferramenta importante para ganhos de produtividade, a Estação de Monta tem período ideal para ser realizada e deve se adequar às características da propriedade e região, principalmente em relação à disponibilidade de forragem e das chuvas. No caso de Mato Grosso, a partir da segunda metade do segundo semestre.

Isso porque o atraso para o início da monta pode trazer resultados negativos no médio prazo. O alerta é do médico veterinário e doutor em zootecnia, José Vasconcelos, conhecido como “Zequinha”. Ele frisa a importância de programar o período ideal do início da Estação de Monta junto à aplicação dos protocolos de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) para obter uma pecuária de precisão e uma elevada taxa de prenhez. “Muito cuidado na decisão de atrasar o início da Estação de Monta. É melhor ter um resultado inferior este ano do que inferior nos próximos cinco anos”, apontou.

Ainda segundo Zequinha, um bom índice de IATF passa por conhecer o score corporal da vaca, a qualidade do sêmen e a qualidade do inseminador. Além disso, o ideal é que a maioria das fêmeas do rebanho seja inseminada no início da Estação de Monta, para que comece a parir antes do começo do novo período e seja possível o recomeço do ciclo pecuário.

Com isso, a utilização da IATF vai possibilitar inseminar um grande número de animais na menor janela de tempo possível, o que elimina a necessidade de fazer observação de cio, melhora o controle das atividades na propriedade e permite o ganho genético com a utilização de sêmen de animais provados.

“É vital otimizar resultados na primeira IATF. Nos últimos anos temos acompanhado o excelente trabalho que vem sendo feito pelos produtores nacionais em termos de genética e, com isso, colhendo melhores resultados de precocidade e mais peso”, pontuou Zequinha.

O professor também destacou a necessidade de o pecuarista focar no seu produto final, que é o quilo de bezerro desmamado por vaca exposta, de modo a focar nessa meta e trabalhar para ter esse número sempre evoluindo dentro da propriedade. “Entre você começar a reprodução até você vender o produto, são dois para três anos. Então você tem que pensar no médio prazo. Eu tentei colocar essa sequência de eventos para o produtor entender que se tomar uma atitude incorreta a repercussão será daqui a três anos”, assegurou.