Mato Grosso é o 7º estado do país com maior número de casos de dengue, segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que analisou o período entre os dias 2 de janeiro a 26 de março . Só fica atrás de Goiás, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Tocantins.
Desde o início deste ano, foram registrados 12.602 casos da doença no estado.
10 municípios com maior número de casos de dengue
| Estado | Número de casos |
| Goiás | 62.750 |
| São Paulo | 55.043 |
| Paraná | 22.365 |
| Minas Gerais | 15.983 |
| Distrito Federal | 15.850 |
| Tocantins | 13.719 |
| Mato Grosso | 12.602 |
| Rio Grande do Sul | 8.613 |
| Bahia | 7.212 |
| Ceará | 6.760 |
Entre os estados do Centro Oeste, Mato Grosso é o terceiro com mais registros da doença. Goiás é o primeiro da lista, com 62.750 diagnósticos de dengue; o segundo, Distrito Federal (15.850), e último, Mato Grosso do Sul, com 2.582 casos.
A edição anterior do boletim apresentava Mato Grosso como um dos estados com maior aumento de casos de dengue. Nenhum município mato-grossense aparece na lista de 10 com alta incidência.
No entanto, a região Centro Oeste ainda preocupa porque apresenta a maior incidência de casos de dengue. A taxa atual é de 561,3 casos por 100 mil habitantes, enquanto as regiões Sul (135,6 casos para cada 100 mil habitantes, Norte (117,0 casos/100 mil habitantes), Sudeste (81,6 casos/100 mil habitantes) e Nordeste (49,6 casos/100 mil habitantes).
O boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostra que foram 5.290 casos registrados em 2021 em MT.
A chikungunya continua fazendo vítimas. A incidência na região Centro Oeste é de 9,8 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, uma morte que ocorreu no estado ainda está sob investigação por suspeita da doença.
Já a zika apresentou crescimento dos casos notificados, se comparado ao ano de 2021. A taxa de incidência no Brasil é de 0,4 caso por 100 mil habitantes.
O g1 mostrou que nos primeiros dois meses deste ano os casos de dengue tiveram aumento de 35,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 30 óbitos e 128.379 casos.
As pesquisas evoluíram e os cientistas conseguiram criam vacinas que são capazes de ajudar o conter a epidemia.
Dengvaxia, da Sanofi Pasteur
Atualmente, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil é a Dengvaxia (a primeira que teve registro no mundo), fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é vendido na rede privada na maior parte do Brasil e não está disponível no Programa Nacional de Imunizações, o PNI.
TAK-003, da Takeda
Em abril do ano passado, a farmacêutica Takeda enviou à Anvisa a solicitação do registro de sua vacina tetravalente (que protege contra os quatro sorotipos) contra à dengue, a TAK-003. A vacina aguarda análise da Anvisa.
Vacina da dengue do Butantan
O Instituto Butantan vem desenvolvendo uma vacina contra a dengue há mais de 10 anos, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
O estudo sobre o imunizante avançou para fase 3 em 2016 e hoje está na etapa de acompanhamento. Segundo o Butatan, a vacina será finalizada até 2024.
